Carreira de ativismo em saúde mental no setor público e privado: espontaneidade e incentivos planejados
ChatGPT
🌱 Espontaneidade como força ética e política
O ativismo espontâneo de usuários surge frequentemente como uma resposta vital e necessária às violações vividas: internações forçadas, medicalização excessiva, exclusão social. Muitos se engajam pela identificação afetiva com outros usuários e pela chance de transformar o sofrimento em potência política.
Vantagem: Garante uma autenticidade ética, ancorada na experiência vivida.
Risco: Sem estrutura de apoio ou incentivo, pode haver desgaste emocional, baixa permanência e dificuldade em formar continuidade histórica.
💼 Planejamento de carreira no ativismo manicomial (modelo institucional)
Quando o ativismo é planejado ou estimulado como carreira, com acesso a recursos financeiros, formações, bolsas e inserção em instituições, há um incentivo mais claro à participação.
Vantagem: Estabiliza trajetórias de engajamento, profissionaliza o movimento, garante condições materiais para militantes que, muitas vezes, estão em situação de vulnerabilidade.
Risco: Pode haver cooptação por interesses de ONGs, fundações e empresas de saúde mental — que às vezes reforçam o modelo manicomial ou medicalizante sob outras roupagens.
🎯 Então, o quanto é desejável não ter um planejamento consciente de atratividade?
Depende do equilíbrio entre autonomia e sustentabilidade.
Não ter nenhum planejamento:
✅ Mantém a espontaneidade e autenticidade do engajamento
❌ Reproduz desigualdades: só engajam os que podem financeiramente se dedicar a isso
❌ Precariza a militância, gerando desistências por exaustão ou sofrimento
Ter planejamento com consciência crítica:
✅ Cria oportunidades reais de protagonismo de usuários
✅ Possibilita estruturação de redes, formações, espaços de fala
✅ Evita que o movimento dependa apenas de militantes acadêmicos ou profissionais
❌ Risco de captura institucional, que precisa ser monitorado
❌ Pode gerar uma elite militante se mal planejado, afastada da base usuária.
📌 Conclusão
Não é desejável abrir mão totalmente do planejamento de atratividade para o ativismo de usuários. Pelo contrário, é desejável planejar ativamente formas éticas, autônomas e horizontais de tornar o engajamento atrativo e sustentável. Isso pode incluir:
Bolsas e incentivos voltados a usuários, sem dependência de empresas de saúde mental
Formação política e técnica em cogestão, advocacy e direitos humanos
Apoio institucional público (SUS, universidades) com controle social real.